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Será que entusiasmo vende? Por Rodrigo Kessler

Por Rodrigo Kessler

Já ouviram falar que todos nós somos vendedores? Que independente da nossa profissão ou ocupação estamos sempre vendendo, seja um produto, um serviço ou uma ideia? Mas o que poucos sabem é que um ingrediente que pode fazer a diferença entre vender ou deixar de vender é o ENTUSIASMO!

Leia essa história e veja como o entusiasmo pode te ajudar, e muito, a vender seja o que for. Boa leitura.

Durante muitos anos, sempre no aniversário da minha filha Carolina, desde seus 2 anos de idade, íamos à Expointer, uma feira agropecuária internacional, considerada a maior feira de exposição de animais da América Latina, que acontece anualmente entre o final do mês de agosto e o início de setembro na cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul. Eu sempre reservava o dia do aniversário da Carol, 2 de setembro, para este passeio, somente eu e ela.

A Carol adorava ver os animais. Ali havia desde coelhos de 3kg a touros com mais de uma tonelada, além de enormes tratores e colheitadeiras que eram simplesmente monumentais.

Tenho ótimas lembranças daqueles dias, ótimas fotos dela nos meus ombros, outras passeando de pônei, tomando sorvete, comendo cocada… Até o aniversário de 9 anos eu consegui levá-la, mas depois dessa idade, perdeu o interesse.

O primeiro exemplo de um bom resultado acerca do que o entusiasmo pode gerar, fica bem claro de se perceber neste fato ocorrido em 2022, ano do 19º aniversário da Carolina (logo entenderão o assunto Expointer). Exatamente no dia 2 de setembro fui dar uma palestra na REDLAR, em Novo Hamburgo, e convidei Carol para ir junto comigo. Disse a ela que sua presença nessa palestra, justamente no dia do seu aniversário, seria muito importante e marcante para mim.  Tenho certeza de que meu entusiasmo foi determinante para que ela decidisse estar presente no evento.

O segundo exemplo acerca do entusiasmo aconteceu exatamente após a palestra. Eu estava tão entusiasmado com a presença dela nesse dia que convidei a Carol a ir comigo na EXPOINTER (depois de dez anos) já que era caminho para retornarmos à nossa casa em Porto Alegre, e eu gostaria de ter novamente aquela sensação de estar com ela nessa feira, no dia do seu aniversário. Para minha surpresa, ela aceitou. Percebi que meu entusiasmo em poder voltar lá com ela depois de tantos anos foi o suficiente para convencê-la.

Passeamos bastante e, antes de irmos embora, fomos ao pavilhão da agricultura familiar, pois eu queria comprar azeite de oliva. Esse lugar era enorme, e a seção onde iríamos estava muito distante, eram mais de 300 expositores e estávamos no outro extremo do pavilhão, então decidi não comprar, pois estávamos cansados de tanto caminhar. Essa feira é gigantesca.

O terceiro exemplo ocorreu quando já estávamos indo embora e um senhor de uma das bancas que vendiam bebidas diversas sorriu para mim e me convidou a experimentar uma cachaça especial. Disse que era sem compromisso e que gostaria da minha opinião. Confesso que pensei duas vezes antes de dizer não, pois as embalagens eram lindas, as cores do seu liquido também, e havia três tipos diferentes. Já que teria de dirigir, eu recusei, e foi nesse momento que a Carol disse: pode provar pai, eu dirijo. O entusiasmo dele com o seu produto e a felicidade dele em me fazer degustar foi determinante para a nossa decisão – minha, de provar, e da Carol, de ter coragem de dirigir pela primeira vez em uma autoestrada. Provei, comprei, eram boas, mas o que me fez comprar foi exatamente o entusiasmo dele e não a própria cachaça. Enquanto íamos nos distanciando, olhei para o lado e acredito que o entusiasmo daquele senhor contagiou uma senhora que vendia queijos e salame: muito feliz e sorridente, ela me ofereceu o queijo e acabei comprando, ofereceu o salame e acabei comprando também. Minha filha me olhou e disse: “Pai, tu estás mais entusiasmado que eles, já gastou 500 reais e ainda nem comprou o azeite de oliva!”. Nesse momento eu disse a ela: “Minha filha, se algum dia alguém te falar que entusiasmo não vende e não contagia, conta a experiência que nós tivemos hoje”.

E, na verdade, já presenciei a Carol contando essa história, algumas vezes…

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